sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Quase um "idiota" em 1876.


Pra não dizer um super idiota.. e sim, um mega idiota apaixonado, que expressou nessa carta para Aglaia, tudo o que sentia.
Talvez seja umas das coisas mais belas que eu já pude ler. Mas saber que isso foi dito por Dostoiévski em 1876.... é de fuder!


"Hoje se decidirá o meu destino, a senhora sabe de que maneira. Hoje eu devo dar minha palavra de modo irreversível. Não tenho qualquer direito à sua participação, não me atrevo a ter quaisquer esperanças; mas certa vez a senhora deixou escapar uma palavra, apenas uma palavra, e essa palavra iluminou toda a noite negra da minha vida, tornou-se um farol para mim. Diga agora mais uma palavra como aquela e me salavará da morte! Diga-me apenas: rompa com tudo, e eu romperei hoje mesmo. Oh, o que lhe custa dizer isso! Nessa palavra eu peço apenas um indício da sua participação e da sua compaixão por mim -- e só, só! e nada mais, nada!

Eu não me atrevo a imaginar qualquer esperança porque não sou digno dela. Mas depois da sua palavra eu tornarei a assumir minha pobreza e passarei a suportar com alegria a minha condição desesperada. Eu receberei a luta, me alegrarei por ela, renascerei nela com novas forças!

Mande-me essa palavra de compaixão ( apenas de compaixão, eu lhe juro!) não se zangue com o atrevimento de um desesperado, de alguém que está se afogando por ter ousado empreender o último esforço para se livrar da morte."

Gánia


Eu só posso dizer mais uma coisa... é de chorar. E chorei!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

De Wan e na "mão do palhaço".


Não tinha mais o que se fazer por volta das 02 da manhã. Algumas doses de scoth... alguns cigarrinhos... e me deu mesmo uma puta vontade de me jogar nos Arcos da Lapa e curtir como não fazia há tempos. Meu melhor companheiro para esse programa perfeito às sextas, se foi pra Portugal -- mas não perdeu o Local --. Eu sim que perdi o rumo de como me divertir sem Ele na Lapa.

Esperei o ônibus e nada... veio uma Wan e me levou por três reais, com direito a ouvir uma rádio gospel.. na verdade mais evangélica... mas enfim. Cheguei ao destino tanto esperado, já com um latão na mão e rindo dos "perigons dela".

Um dia desses, na praia com alguns amigos da casa do 40/50 anos, cheguei a comentar que gostaria de ter tido 18 anos na década de 70 pra curtir o Rio como eles curtiram.

Hoje.... depois de ter visto a animação "Lapiana" dos Lapenses... pensei que gostaria de ter por volta dos 18 anos, nos dias de hoje. É impressionante como tem jovens, assumindo mesmo o seu lado "perigons dela" e se jogando.

Passadas algumas horas e muitos risos, sentado na "sargeta" entre o Arco Íris e a Praça dos Arcos, cansado de tanto ser paquerado pelas mais inúmeras criaturas que alí frequentam... fui me divertir um pouco no Sal & Pimenta - A melhor boate do Rio - .... mais jogações.. mais cervas... risos.... Normam Bates estava lá... tudo normal, como sempre fora.

Só não estava o meu irmãozinho português. Mas bar de frequência sapatonista, é muito engraçado. As Perigons ficam nas delas... na jogação e putaria... as "Sandalinhas", fazem a linha garrafa de cerveja com porção de fritas e tábua de queijo com salame.

Notadamente se vê a diferença... mas todos com o mesmo propósito: Diversão garantida!!!

Como não havia gasto todo o meu capacete, fui conhecer uma boate de 1967, chamada Turma Ok... e não é que tinha uma puta turma ok!

Travestis... transformistas... todos muitos discretos, sentados, conversando, rindo.... e assistindo aos shows das amigas.

Eu gosto dessa coisa de guetos... que se juntam em propósito do mesmo objetivo e gosto.

Gosto tbm da mistura que acontece na rua... na praia.. que são lugares pra lá de democrático.

Impressões vistas.. observadas... vim embora de Micro ônibus, feliz da vida... bêbado.. e como diria um amigo: Não mão do palhaço!!!